
Microsoft elege o jovem como vetor para suas atitudes
Por meio do YouthSpark (algo como brilho da juventude, em tradução livre), a Microsoft vai dedicar sua área de responsabilidade socioambiental a parcerias com organizações sociais que trabalham especificamente com mobilização de jovens ao redor do mundo. A marca vai disponibilizar o Office 365, seu software mais recente, para aprimorar processos educacionais para professores e estudantes, além de oferecer o Skype, para que uma comunidade global de professores possa ser criada para o compartilhamento de experiências.
Outras iniciativas também foram lançadas, como o Give for Youth, espaço online de crowdfunding, com foco na captação de recursos para organizações que trabalham com causas relacionadas ao jovem no mundo; o Microsoft YouthPark Hub, ferramenta em que é possível explorar e ter acesso aos serviços, programas e recursos concedidos pela marca; e Microsoft Innovate for Good, uma comunidade online que possibilita que os jovens troquem experiências e se inspirem ao tocar seus projetos de empreendedorismo social e inovação.
“Por meio deste projeto, estamos nos comprometendo a ajudar 300 milhões de jovens ao redor do mundo para que alcancem seus sonhos por meio dos recursos da Microsoft para conectá-los às oportunidade de educação, emprego e empreendedorismo. Acreditamos que trabalhando com nossos parceiros, podemos empoderar jovens a mudar seu mundo, e estamos comprometidos ao disponibilizar nossa tecnologia, talento, tempo e recursos para tal”, disse Steve Ballmer, CEO da Microsoft.
Segundo números da International Youth Foundation de março deste ano, eram cerca de 75 milhões de jovens que estavam fora do mercado de trabalho em 2011. E hoje são mais de 2, 2 bilhões de pessoas entre 6 e 24 anos de idade. O projeto faz sentido neste contexto.
A iniciativa da Microsoft também contempla outros projetos, como:
Partners in Learning: programa de desenvolvimento profissional para oficiais do governo e educadores, com base na educação por meio das TICs.
Microsoft IT Academy: programa para instituições acadêmicas, com o objetivo de oferecer aos estudantes tecnologia de ponta.
Dream Spark: acesso livre às ferramentas de desenvolvimento e de design da Microsoft para estudantes e professores durante o ensino médio e período universitário.
Students to business: programa que ajuda universitários a encontrar estágios na indústria da tecnologia.
BizSpark: start-up de desenvolvimento de softwares que possibilita aos empreendedores o acesso às tecnologias da Microsoft, além de contato com líderes da indústria para pensar em novos negócios.
A atitude da Microsoft está alinhada a todo o movimento de necessidade de maior relevância entre os jovens, como estudado aqui no Com:Atitude. A tendência é que eles assumam cada vez mais espaços importantes de decisão e conquistem autonomia com o desenvolvimento de postos de trabalho e diminuição do desemprego.
O empreendedorismo e a liberdade, contempladas na atitude da Microsoft, são atributos importantes para o universo jovem, que coloca como prioridade zero a conquista de seus direitos e a insatisfação com as injustiças sociais.
* Por Leticia Born. Esta reportagem foi publicada originalmente no portal Com:Atitude, da Edelman Significa, e agora no Mundo do Marketing de acordo com parceria que os dois portais mantêm.
Por Bruno Mello, do Mundo do Marketing | 03/10/2011
bruno@mundodomarketing.com.br

A beleza de uma noiva está nos detalhes. Juntos, o vestido, o penteado e o bouquet compõem a personagem principal de uma tradição milenar. A noiva da vez entre as estratégias de Marketing das empresas é o Facebook. O maior desafio das companhias é levá-la ao altar de forma incomparável e fazer com que os noivos sejam felizes para sempre. Do namoro até o beijo do sim, o caminho é longo.
Funciona assim também para desenvolver uma estratégia vencedora utilizando a rede social apontada como o segundo Deus da internet mundial, tão ou até mais onisciente e onipresente que o Google. A maioria das marcas no Brasil ainda namora o Facebook à moda antiga. Flertam de longe. Poucos seguram a mão sentada no banco da praça. Algumas conseguem o tão esperado beijo. O que fazer para avançar algumas décadas e partir para, digamos, uma pegada mais forte?
Escalamos Alexandre Hohagen como cupido. O Vice-Presidente do Facebook na América Latina acredita numa fórmula do amor: colocar as pessoas no centro da estratégia, pensar no conteúdo e só depois na ferramenta. “O comportamento das pessoas não mudou”, afirmou em sua apresentação no Digital Age, na última semana. “O que mudou foram as ferramentas. Continuo perguntando para os meus amigos, indicando e comentando sobre um bom restaurante”, explica, para na sequência conceder uma entrevista ao Mundo do Marketing.
Mundo do Marketing: Quando o novo formato do Facebook estará disponível para o Brasil e o que muda para as marcas que estão na rede social?
Alexandre Hohagen: Não tem uma data específica. Estamos abrindo e lançando aos poucos. O mais importante é a possibilidade de ter novos plugins sociais. As empresas poderão criar alguns botões com ações como, por exemplo, “assisti a um vídeo”, “ouvi uma música”, “fui a um restaurante”, entre outros. Isso vai possibilitar conectar mais as pessoas naquilo que elas estão fazendo. Hoje só tem o botão de Like que representa tudo.
Mundo do Marketing: Está havendo uma corrida das marcas ao Facebook. O que as empresas devem fazer para apresentar um bom trabalho?
Alexandre Hohagen: Historicamente, a internet é feita por algumas ondas. Foi assim quando surgiram os portais e os buscadores e muitas empresas acabam entrando só por entrar. Em 2000, um monte de empresa montou o seu e-commerce sem ter uma estratégia por trás. A tendência é que, daqui para frente, as empresas comecem a pensar na estratégia colocando as pessoas no centro. Simplesmente colocar uma fan page no ar não é pensar em rede social, que pensa em atrair pessoas para comprarem seus produtos.
Mundo do Marketing: A ferramenta é um meio, não um fim.
Alexandre Hohagen: O comportamento das pessoas não mudou. A tecnologia e as ferramentas é que possibilitam uma melhor interação.
Mundo do Marketing: Quais modelos de estratégia trazem mais resultado no Facebook?
Alexandre Hohagen: A partir do momento que você tem uma fan page, você tem que atrair as pessoas para que elas possam se transformar em fãs desta marca. E aí você tem a propaganda tradicional por CPM ou CPC para levar estas pessoas à marca. A propaganda, em geral, dá muito resultado.
Mundo do Marketing: Como as pessoas têm reagido à propaganda no Facebook?
Alexandre Hohagen: Temos uma preocupação muito grande para que a propaganda não seja invasiva e intrusiva. Estamos sempre tentando contextualizar esta propaganda de maneira que o usuário não se assuste com o que está dentro da rede. O usuário reage bem e a prova disso é o tanto que estamos crescendo e as marcas que estão crescendo do jeito que estão. Temos marcas que já passaram de um milhão de fãs no Brasil, um número muito grande, como o Guaraná Antarctica e a L’Oreal .
Mundo do Marketing: Como as empresas devem pensar para poder inovar nas redes sociais?
Alexandre Hohagen: Elas devem pensar colocando as pessoas no centro da estratégia de tudo. Como elas podem fazer para que seja muito fácil e rápido compartilhar informações importantes para os seus amigos e sempre considerar que as pessoas têm uma capacidade de viralização muito grande.
Mundo do Marketing: O Facebook é indicado para gerar mais awareness, relacionamento ou venda?
Alexandre Hohagen: Acho que os três. O Facebook tem cada vez mais refletido a nossa experiência no dia a dia. O Facebook é uma base de relacionamento. Só que hoje você não faz mais awareness só com publicidade. Você faz awareness através das indicações e recomendações de amigos.
Tutorial de Computação
Conhecendo seu "HardDisk"
15-12-2012 15:13
Impulsionado pela queda nos preços, mercado brasileiro se consagra como o terceiro do mundo em vendas de desktops; já o mercado cinza registra declínio
Se o resultado do mercado nacional de desktops em 2006 tivesse de ser definido em um adjetivo, classificá-lo como histórico não seria exagero.
Segundo a consultoria de pesquisas IDC, no ano passado o Brasil foi o terceiro maior comprador de computadores de mesa em todo o mundo, atrás apenas de nações tradicionalmente fortes no setor, como Estados Unidos e China, e à frente de países como Rússia e Índia. No ano anterior o país ocupava o quinto posto.
O levantamento da consultoria mostra que os brasileiros compraram mais de 6,5 milhões de desktops (crescimento de 19% em relação a 2005). Entre os mais engajados na aquisição, uma pesquisa do instituto IT Data coloca o público das classes B e C.
No ano passado, eles foram responsáveis pela compra de mais de 2,2 milhões de máquinas. Detalhe: esse número se refere apenas aos consumidores que adquiriram o primeiro PC.
“Estamos num ritmo excelente. O último trimestre de 2006 representou para nós um crescimento de 111% em relação ao mesmo período de 2005”, comemora Dante Avanzi, gerente de consumo de desktops da HP. “O mercado de computadores de mesa foi aquele em que mais crescemos no ano”, avalia Sidney Shibata, gerente de marketing da Dell.
Além da boa vendagem, os fabricantes apontam equilíbrio entre os segmentos que adquiriram micros no ano passado. “A quantidade de PCs destinados ao usuário doméstico praticamente equiparou-se ao número de computadores vendidos para o mercado corporativo”, revela Sakis, do IDC. “A porcentagem é de 49% para 51%.”
“O micro deixou de ser apenas instrumento de trabalho para tornar-se item essencial nas residências, uma ferramenta de entretenimento, comunicação, educação e informação”, analisa César Aymoré, diretor de marketing da Positivo Informática.
O crescimento das vendas foi impulsionado por vários fatores, com destaque para a redução dos preços (hoje, já é possível encontrar máquinas de grandes fabricantes na casa dos 800 reais) e oferta de melhores condições de pagamento.
Contribuíram para esse cenário a redução de impostos e a estabilidade do dólar. E vale citar o esforço dos fabricantes e das revendas para a popularização dos micros – é fácil comprá-los, por exemplo, em supermercados. “O varejo finalmente vê o computador como um eletrodoméstico”, ressalta Aymoré, da Positivo.
Com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) divulgado em janeiro pelo governo federal, as medidas anunciadas em 2005 na chamada Lei do Bem foram ampliadas, e o país passou a isentar fabricantes de PCs vendidos por até 4 mil reais do pagamento de impostos como PIS e Cofins.
A medida, que atinge 99% do mercado de desktops, foi sentida no bolso do consumidor: o preço dos computadores despencou, facilitando o acesso a máquinas mais sofisticadas. “O segmento high-end já representa 15% de nossas vendas. Antes, respondia por 6%”, explica Avanzi, da HP.
Entre as principais características buscadas pelo consumidor deste nicho de mercado estão leitor para cartão de memória, placa PCTV, aceleradoras gráficas avançadas para games, gravador de DVD e, principalmente, monitor LCD.
“A estética é uma questão cada vez mais valorizada”, destaca Ivair Rodrigues, diretor da consultoria IT Data. Pesquisa feita pelo instituto com mais de 400 potenciais compradores de PCs mostra os displays flat despontando como o grande ícone de desejo atual.
“Até o fim de 2007, 80% das vendas serão de micros equipados com monitores LCD.” Rodrigues explica que, graças à queda nos preços, a tendência mais observada é a troca do velho monitor CRT (de tubo) de 15 polegadas pelos de tela fina com 17 polegadas.
A queda nos preços das máquinas mais robustas veio em hora oportuna, junto com a chegada do sistema operacional Windows Vista. Para rodar a interface gráfica Aero (o grande chamariz que mantém sua aura de novidade), o sistema da Microsoft solicita configuração mais potente – e as máquinas com esta vocação foram justamente as beneficiadas pelas medidas do PAC.
“Vendemos diretamente para o cliente e notamos que a configuração mais forte exigida pelo Vista está sendo procurada”, informa Shibata, da Dell, que já oferece toda a sua linha com o lançamento da Microsoft pré-instalado.
“O consumidor está curioso e disposto a realizar o upgrade para rodar o sistema”, pondera Aymoré, da Positivo. “Em nossa linha atual, 80% dos computadores já saem de fábrica rodando o Vista.”
Quem fica muito à vontade com tantas possibilidades de escolha é o consumidor, que hoje pode optar entre pagar pouco por um desktop que o conecte à internet e permita conversar via MSN Messenger ou investir mais – e gravar vídeo digital e rodar sistemas de ponta no PC.
Com a lista de equipamentos eletrônicos ampliada, o computador finalmente conquista lugar de destaque na residência do brasileiro.
Intel corre riscos.
Intel arisca tudo (novamente)
Como o presidente da empresa, Paul Otellini, e sua equipe estão reestruturando a “ex-chip Zilla”, com downsizing e mudanças na cultura e na imagem
Por HSM Management, do Mundo do Marketing | 13/04/2010
pauta@mundodomarketing.com.br
Quando Paul Otellini, o famoso e discreto presidente-executivo da Intel, ouviu pela primeira vez as notícias, ficou em silêncio. “Meu silêncio era do tamanho de minha raiva”, disse. Ele estava pressionado por uma entrevista coletiva de Neelie Kroes, a responsável pelo equivalente europeu do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “A Intel utilizou práticas ilegais de concorrência para anular seu único rival e assim reduzir as opções dos consumidores no mercado mundial dos chips x86”, afirmou Kroes no final de maio de 2009, em uma decisão de 542 páginas contra a Intel. A multa foi recorde: cerca de US$ 1,5 bilhão.
Ao final da entrevista, Kroes (foto) foi certeira: “Por fim, eu gostaria de chamar sua atenção sobre a mais recente campanha publicitária da Intel, que apresenta a empresa como ‘Patrocinadora do futuro’. Seu site convida as pessoas a deixar sua ‘visão do amanhã’. Bem, eu posso dar minha visão do futuro para a Intel, aqui e agora: obedeça à lei”.
Para Sean Maloney, então diretor de vendas e marketing da Intel, o ataque de Kroes foi uma jogada barata. “Foi a coisa mais emocional do dia”, diz ele, visivelmente transtornado. “Estávamos preparados psicologicamente para o que ia acontecer, e então ela vem com essa observação sarcástica”, afirma, fazendo o gesto de uma faca cortando o ar.
A “Chipzilla”, como a Intel é chamada pelos críticos mais ácidos, tem uma história de décadas de disputas judiciais, primeiro defendendo-se dos japoneses, na década de 1970, e mais tarde indo contra a Advanced Micro Devices (AMD). Seu antigo presidente, Andy Grove, homem que não ficava quieto quando estava com raiva, tornou-se famoso por seu “teste da bala de prata”: se você tivesse apenas uma bala para usar contra seus concorrentes, em qual deles atiraria?
Mas para Otellini e Maloney – este recentemente elevado à posição de vice-presidente– o tapa de Kroes envolvendo a campanha publicitária da empresa era especialmente amargo. Estar do lado perdedor em um julgamento de US$ 1,5 bilhão –do qual a empresa está recorrendo– já era explosivo. Para quem estava dentro da Intel, porém, a campanha sinalizava uma nova Intel, não menos ambiciosa, e sim mais colaborativa, mais solidária, mais humana. E mais verde também.
Grove apostou a empresa numa jogada envolvendo uma nova arquitetura de chip em meados da década de 1980; Otellini fez uma nova aposta, agora com uma Intel ainda maior, em uma mudança ao menos igualmente radical como a anterior, e sem chamar a atenção explicitamente para ela.
Desde que Craig Barrett atingiu sua idade-limite como presidente da Intel em 2005 (os presidentes da empresa devem se aposentar aos 65 anos de idade), Otellini está sutilmente refazendo a companhia: alinhando-se com a Apple, num recuo em relação a sua herança de exclusividade com os PCs, avançando em novos territórios e mercados e adotando novas formas de atuar em parceria. A meta é competir melhor em um mundo no qual a informática está em tudo, de laptops a tratores. Nesse processo, Maloney é o braço direito de Otellini e teve sua esfera de atuação significativamente ampliada na recente reestruturação da empresa.
Não há melhor forma de ver a reengenharia empreendida por Otellini do que por meio da nova campanha publicitária. “Eu estava muito preocupada com o timing da campanha”, diz Deborah Conrad, diretora de marca da Intel. Lançada apenas alguns dias antes da decisão do julgamento na Europa, é o esforço de marketing mais robusto da Intel em 15 anos: uma série de comerciais inteligentes, e até engraçados, enfatizando não os produtos da Intel, mas as pessoas que os produzem. Em um dos anúncios, por exemplo, o inventor do USB é tratado como celebridade. Não obstante as preocupações de Conrad, o anúncio fez sucesso rapidamente e já foi visto por milhões de internautas no YouTube.
Apesar da crise econômica mundial, a Intel tem apresentado bons resultados: depois de um 2008 brutal, em que o lucro líquido caiu 24% em relação ao ano anterior, a empresa alcançou US$ 9 bilhões de faturamento no terceiro trimestre de 2009, com crescimento de quase US$ 1 bilhão em relação ao trimestre anterior, superando as estimativas em quase US$ 0,5 bilhão. E esse resultado tem se refletido no preço das ações em bolsa.
Nova cultura
Otellini não é apenas um agente da mudança; sua ascensão é também um sinal da transformação por que passa a empresa. Ele é um profissional de marketing, não alguém da área de tecnologia, em uma empresa de engenheiros. “Embora eu seja um homem de produto e entenda muito bem do que fazemos”,
afirma.